Técnica Limón

José Limón reflete muito na sua técnica, a técnica de Doris Humphery. Ambos tinham a necessidade de exprimir a sua relação pessoal com o mundo através de movimentos orgânicos com o corpo, também davam importância ao peso do corpo que representa o "fall and recovery" o "vocabulary of suspension and succession", entre outros.
A técnica de Limón não era codificada, pois Limón acreditava que isso iria limitar a criatividade, o que era vital para a sua técnica. José Limón tentava encontrar o que é único em cada um dos movimentos dos seus alunos. O que lhe interessava não era a beleza forçada de um movimento, mas sim a beleza natural de um movimento orgânico. Ele motivava os seus alunos a procurar a simplicidade, o que tornaria um movimento muito mais único e grandioso.
Para Limón a dança representava uma expressão pura, como outra forma de falar e comunicar mas através do corpo. Cada parte do corpo era como uma voz, para ele os braços eram muito importantes, pois seguiam curvas e interagiam com o espaço, a respiração é indispensável, pois é o centro para cada movimento. Também dava muita importância ao peito, sendo uma parte do corpo que transmite e transporta grandes emoções e usava-o em contracções e em torso.

                                                                               
     

                                            - Fall and recovery

                                            -Uso do peito para transmitir emoções

Videos de Limón e a sua companhia

Documentário sobre José Limón

  

  

  

                                                                Limón Dance Company

                                                               

                                                                The Moor´s Pavane

José Limón Dance Company

                                    

A José Limón Dance Company esteve em vários sítios conceituados pelo mundo e foi também 

 reconhecida como uma companhia muito prestigiada.

A companhia estreou-se na Bemington Collage, tendo peças de Doris Humphrey, Pauline Koner,

Loving, Betty Jones, Ruth Currier e José Limón.

 Foi através de Humphrey que Limón conseguiu apurar o seu estilo que se veio a tornar a técnica Limón.

A companhia esteve em sítios como o Belasco Theatre e Connecticut Collage American Dance Festival. Depois da coreografia The Moor´s Pavane, a companhia recebeu o Dance Magazine Awards, como melhor coreografia.

 Em 1950 Limón e a sua companhia estiveram em Paris com Ruth Page sendo a primeira companhia Americana a atuar na Europa.

Em 1951, Limón juntou-se ao The Juilliard School, onde se criou uma divisão para a dança. Também fez 6 peças na México e várias peças pelo mundo, até receber outro Dance Magazine.

Em 1958, Doris Humphrey, que tinha o cargo de director artístico na companhia, morreu e Limón passou a ter o cargo de director artístico, entre 1958 e 1969. Limón coreografou com Pauline Koner e foi nesse período que recebeu o doutorado honorário pela Westeyn University.

Em 1962, a companhia voltou para Central Park para fazer o New York Shakespeare Festival.

Em 1964, recebeu o Capezio Award e foi assinalado como o director do American Dance Theatre no Lincoln Centre.

 Limón foi ao longo da sua carreira seguido por várias universidades, imprensa, artistas e até pelo governo que doou 23,000$ à sua companhia, tendo esta sido convidada para apresentar peças na Casa Branca.

A ultima performance de Limón foi em 1969, com a peça The Traitor e The Moor´s Pavane no Brooklyn Academy of Music.

Biografia de José Limón

José Arcadio Limón nasceu no México a 12 de Janeiro de 1908 e morreu a 2 de Dezembro de 1972. Foi bailarino, coreógrafo e pioneiro na dança moderna. 

Limón era o mais velho de 12 irmãos. Em 1915, a família mudou-se para Los Angeles, Califórnia, onde acabou o liceu e frequentou o curso de artes na UCLA mudando-se mais tarde para Nova York para estudar na escola de Design de Nova York. Foi aí que Limón se inspirou a dançar ao ver uma performance de Harald Kreutzberg e Yvonne Georgi's em 1929, tendo sido o que o incentivou a seguir a carreira de bailarino e coreógrafo.

No mesmo ano inscreveu-se na escola de dança Humphrey-Weidman com a orientação dos bailarinos e coreógrafos conceituados, Doris Humphrey e Charles Weidman, com quem aprendeu e cresceu até conseguir criar a sua própria técnica, a técnica Limón. Em 1946, Limón fundou a companhia de dança José Limón, tendo o Doris Humphrey como director artístico. Coreografou até 100 peças ao longo da sua carreira, sendo o protagonista da maior parte das coreografias. Um dos trabalhos mais famosos dele é o The Moor´s Pavane em 1949, baseado na peça de Shakespeare, Othello.